quinta-feira, 1 de setembro de 2016

RANDOMIZANDO #001 – Miami Nights 1984


 Por Eduardo Cruz


Sintetizadores são legais.

Não, é sério.

Donos de um timbre que foi a cara e o cartão de visitas de toda a década de 80, algumas pessoas só têm uma palavra para defini-los: Datados. No entanto, não é todo mundo que pensa assim. A mim, por exemplo, remetem a nostalgia. A todos aqueles filmes de baixo orçamento, e que exatamente por serem de baixo orçamento, tinham sua trilha sonora toda a cargo de somente um músico.... com um sintetizador! Para quem nasceu e cresceu nos anos 80, é impossível não reconhecer os timbres de um sintetizador, apenas pelo simples fato da exposição indireta a eles: você assiste a um filme na TV e de brinde é bombardeado com uma hora e meia de synths e mais synths nos ouvidos. Na verdade, forçando um pouquinho a memória, percebe-se que não havia escapatória: os synths estavam por toda parte, da TV à música pop, passando pelo cinema.






Como não gerar um mínimo de nostalgia? Afinal, muita coisa boa estava sempre atrelada a uma boa trilha de sintetizador no fundo, desde seu desenho animado favorito até os maiores sucessos da sessão da tarde. E isso só aqui no Brasil. Não pense que em outros lugares foi diferente. Temos aí o senhor Michael Glover para comprovar o que digo. Natural de Victoria, Canadá, esse produtor de synthwave – também conhecido como retrowave, um estilo musical emergente da metade da década passada, influenciado pelas trilhas sonoras dos anos 80 - se apresenta sob a alcunha Miami Nights 1984. Sua obsessão com a década de 80 o levou a fundar a Rosso Corsa Records, onde colabora com artistas como Mitch Murder, Lazerhawk, Jordan F e Lost Years para produzirem nos dias de hoje, os sons do passado.


Miami Nights 1984 resgata aquele feeling caloroso de um filme do John Hughes, com seus sintetizadores correndo macio e por cima de tudo, seus solos nostálgicos. Se você curte esse clima nostálgico de mente aberta, aproveite! ESSA É A TRILHA SONORA DE UMA GALERINHA MUITO LOUCA QUE APRONTA AS MAIORES CONFUSÕES!











(Quando as imagens 80s do vídeo não oficial casam perfeitamente com o som produzido em 2012, é aí que você vê que o negócio deu certo...)

O Miami Nights 1984 lançou dois discos até agora: Early Summer (2010) e Turbulence (2012), ambos os doises completos no You tube.
 





Até +!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Quais são seus livros favoritos?


(Bruno Daesse)

Pra você que está chegando pela primeira vez nesse blog e está lendo a primeira postagem dele, deixe que eu te explique uma coisa: Marechal Random é um blog sobre as coisas que seus três colunistas mais gostam. Nesse quesito, livros, indiscutivelmente, são objetos sobre os quais iremos falar bastante.

No entanto, constantemente vejo pessoas ranqueando seus livros preferidos. Às vezes, dando uma certa ordem de importância; às vezes, descrevendo os motivos pelos quais tais e tais livros fazem parte de uma lista. Feliz, ou infelizmente, ninguém nunca me perguntou quais são os meus livros favoritos.

Desde muito cedo fui estimulado a ser leitor de livros. (Uma pena que as pessoas não se dediquem mais a formar leitores... emprestando livros, e quando os recebem de volta, conversam sobre as impressões de cada um ao ler tal livro). Minha mãe é professora, meu padrasto é professor, meu tio é professor, meu primo e sua esposa são professores de literatura, ou seja, acho que seria apedrejado dentro da família se não gostasse de pegar um livro para ler.

Por motivos óbvios e próprios, me tornei um leitor colecionador de livros. Às vezes, posso entender o usuário de crack, que mal acabou de fumar uma pedra e já está em busca do prazer da próxima. O mesmo se dá comigo e os livros. Mesmo que não tenha terminado um livro, já parto para outro e se encontrar um exemplar que me interessa na promoção, compro. Mesmo sem saber quando vou ler aquele exemplar. Atualmente, por questões de espaço e organização, só posso ter nas minhas estantes, os livros que ainda não li. E já são duas estantes cheias.

Pouco me importa ver televisão. Consigo ler por várias horas mesmo escutando música com fone de ouvido. Pouca coisa me atrapalha ao ler. A não ser, obviamente, interrupções constantes. Por vezes, dependendo do livro, consigo ler dois ou três exemplares por semana.

Logo, concluo que nunca conseguirei enumerar ou dar maior ou menor valor a um determinado conjunto de livros. Sempre que eu puder ler, eu lerei. Reza uma lenda de família onde, num churrascão de domingo, minha prima tomou uma bronca feroz da minha tia quando viu a mim e ao meu irmão lendo jornais velhos. “Tá vendo? Seus primos leem até jornais velhos! Você não é capaz de ler a própria cartilha da escola!”.

Algumas pessoas, naturalmente, apresentam algumas justificativas para não conseguirem ler: Ficam com sono, se enchem da história, não gostam do livro que estão lendo, a linguagem do livro é chata, estão lendo porque o professor passou como atividade, só conseguem ler em absoluto silêncio, etc.. Os motivos são inúmeros. Costumo sempre dizer que alguém que diz que não gosta de ler, só diz isso porque ainda não encontrou o que gosta de ler. No momento em que encontrar aquilo que desperte seu interesse, não vai mais parar e vai entender a dinâmica do bom leitor, que chega a ficar deprimido quando aquele livro, com aquele assunto/temática/tema que ele gostou tanto, chega ao fim.

Quanto ao preço dos livros. Nem isso eu considero problema. Se a internet disponibiliza gratuitamente até pornografia, que era um prazer proibido para se conseguir ver um filme. Hoje não é possível contar quantos sites existem. Ora, com os livros também não é diferente. Existem sites que disponibilizam diversos livros para leitura on line, ou que você pode baixar para um smartphone ou tablet e ler sem ocupar muito espaço, ou carregar muito peso.

Ao longo de nossa jornada aqui no Blog do Marecham Random, falaremos sobre muitos livros, ou assuntos relacionados à literatura. De repente, você pode se interessar por algo que a gente fale. Vai obter o livro e, por ventura, se não gostar, não se sinta obrigado a continuar uma leitura que não é boa pra você. Você só deve ler/fazer aquilo que lhe dê prazer. Todo o resto é obrigação. E nós aqui não somos nenhum Marechal dando ordem unida para um pelotão.

Inté!